domingo, 31 de maio de 2009

Trabalho integrado invade academias

Academias goianas seguem uma nova tendência, onde profissionais da saúde trabalham juntos para propiciar aos alunos todos os tipos de acompanhamento em busca de uma melhora na saúde e no condicionamento físico. Nessa academias encontramos um médico fisiologista que avalia a saúde física, um fisioterapeuta que avalia a postura e o professor de educação física que monta o programa que o aluno irá seguir. Esses especialistas dividem idéias, acrescentando o trabalho um do outro, oferecendo assim um trabalho mais rico e um serviço de qualidade.

Segundo, Mônica Menezes, professora de educação física de uma dessas academias que adotou o programa, esse tratamento é muito usado em grandes capitais como São Paulo, e apesar de ser uma novidade em Goiânia vem sendo bem aceito não apenas por pessoas lesionadas, mas também por pessoas com a preocupação de não lesionar. “A maior parte dos alunos são pessoas com algum problema, mas nós temos alunos que vem só para o fortalecimento, como um jogador de vôlei que está conosco a sete meses e veio só para melhor o desenvolvimento dele.”, declara.

“O médico dentro da academia é muito ativo, a gente faz o exame que fornece os dados sobre o condicionamento físico da pessoa, com esses dados o médico saberá qual o ritmo ideal de treinamento para um aluno ter ganho de saúde”, afirma a medica fisiologista Thais Figueiredo. Os pacientes hipertensos ou com diabetes tem uma maior atenção desses médicos, pois é necessário verificar a pressão e aferir a glicemia, no começo, no meio e no final do exercício. Esses médicos trabalham junto aos professores dando sugestões da parte aeróbica, onde os resultados devem ser mais eficazes. O fisioterapeuta entra examinando a postura e as articulações do aluno, onde é verificado a existência ou não de algum problema, como por exemplo uma hérnia de disco. Assim o professor fica sabendo qual exercício o aluno pode ou não fazer.

Alguns profissionais dessa área são contrários a esse tipo de tratamento. De acordo com a professora Mara Medeiros, Mestre em Pedagogia do Movimento Humano, esse tipo tratamento é eficiente, porém não pode ser considerado um trabalho integrado já que ocorre uma hierarquia, onde o medico está no topo e o profissional de educação física na escala mais baixa. “A proposta realmente aponta para uma maior eficácia. Se os papéis forem bem definidos e o professor de Educação Física não subestimar o seu conhecimento, acredito que o trabalho integrado seria o ideal” declara.

Para os profissionais que executam esse tipo de trabalho, o aluno enxerga essa hierarquia, se o médico e o professor falarem coisas diferentes sobre um determinado tratamento, os alunos geralmente crêem mais nos médicos, mesmo que este esteja errado. Para vencer essa barreira é necessária uma equipe integrada, coesa, com o pensamento voltado para o mesmo objetivo e disposta a fazer o trabalho dar certo se dedicando ao máximo. “Existe sempre uma conversa e respeito com o trabalho do outro” declara o fisioterapeuta.

O professor de agronomia da UFG, Juarez de Oliveira, procurou a academia inicialmente para tratar uma lesão em seu ombro. “Agora meu ombro já esta quase bom e eu vou continuar, porque quero emagrecer, e os profissionais daqui são de excelente qualidade”, disse. A administradora hospitalar, Ana Sabina Silva, procurou a academia para emagrecer, “Fiquei sabendo desse trabalho integrado e vim experimentar. Aqui nós temos um acompanhamento mais de perto e de acordo com minhas necessidades, fazendo com que eu relaxe mais na hora de me exercitar”.

Este trabalho, que tem pouco mais de um ano na Capital, tende a crescer e se tornar fundamental na hora de escolher uma academia. Com uma sociedade que busca cada vez mais uma maior qualidade de vida e corpos perfeitos, pode ser que mais para frente novos profissionais se incluam nesse tipo de tratamento, como nutricionistas, esteticistas e psicólogos. E assim é o aluno que ganha com o equilíbrio entre o corpo e a mente.

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