Academias goianas seguem uma nova tendência, onde profissionais da saúde trabalham juntos para propiciar aos alunos todos os tipos de acompanhamento em busca de uma melhora na saúde e no condicionamento físico. Nessa academias encontramos um médico fisiologista que avalia a saúde física, um fisioterapeuta que avalia a postura e o professor de educação física que monta o programa que o aluno irá seguir. Esses especialistas dividem idéias, acrescentando o trabalho um do outro, oferecendo assim um trabalho mais rico e um serviço de qualidade.
Segundo, Mônica Menezes, professora de educação física de uma dessas academias que adotou o programa, esse tratamento é muito usado em grandes capitais como São Paulo, e apesar de ser uma novidade em Goiânia vem sendo bem aceito não apenas por pessoas lesionadas, mas também por pessoas com a preocupação de não lesionar. “A maior parte dos alunos são pessoas com algum problema, mas nós temos alunos que vem só para o fortalecimento, como um jogador de vôlei que está conosco a sete meses e veio só para melhor o desenvolvimento dele.”, declara.
“O médico dentro da academia é muito ativo, a gente faz o exame que fornece os dados sobre o condicionamento físico da pessoa, com esses dados o médico saberá qual o ritmo ideal de treinamento para um aluno ter ganho de saúde”, afirma a medica fisiologista Thais Figueiredo. Os pacientes hipertensos ou com diabetes tem uma maior atenção desses médicos, pois é necessário verificar a pressão e aferir a glicemia, no começo, no meio e no final do exercício. Esses médicos trabalham junto aos professores dando sugestões da parte aeróbica, onde os resultados devem ser mais eficazes. O fisioterapeuta entra examinando a postura e as articulações do aluno, onde é verificado a existência ou não de algum problema, como por exemplo uma hérnia de disco. Assim o professor fica sabendo qual exercício o aluno pode ou não fazer.
Alguns profissionais dessa área são contrários a esse tipo de tratamento. De acordo com a professora Mara Medeiros, Mestre em Pedagogia do Movimento Humano, esse tipo tratamento é eficiente, porém não pode ser considerado um trabalho integrado já que ocorre uma hierarquia, onde o medico está no topo e o profissional de educação física na escala mais baixa. “A proposta realmente aponta para uma maior eficácia. Se os papéis forem bem definidos e o professor de Educação Física não subestimar o seu conhecimento, acredito que o trabalho integrado seria o ideal” declara.
Para os profissionais que executam esse tipo de trabalho, o aluno enxerga essa hierarquia, se o médico e o professor falarem coisas diferentes sobre um determinado tratamento, os alunos geralmente crêem mais nos médicos, mesmo que este esteja errado. Para vencer essa barreira é necessária uma equipe integrada, coesa, com o pensamento voltado para o mesmo objetivo e disposta a fazer o trabalho dar certo se dedicando ao máximo. “Existe sempre uma conversa e respeito com o trabalho do outro” declara o fisioterapeuta.
O professor de agronomia da UFG, Juarez de Oliveira, procurou a academia inicialmente para tratar uma lesão em seu ombro. “Agora meu ombro já esta quase bom e eu vou continuar, porque quero emagrecer, e os profissionais daqui são de excelente qualidade”, disse. A administradora hospitalar, Ana Sabina Silva, procurou a academia para emagrecer, “Fiquei sabendo desse trabalho integrado e vim experimentar. Aqui nós temos um acompanhamento mais de perto e de acordo com minhas necessidades, fazendo com que eu relaxe mais na hora de me exercitar”.
Este trabalho, que tem pouco mais de um ano na Capital, tende a crescer e se tornar fundamental na hora de escolher uma academia. Com uma sociedade que busca cada vez mais uma maior qualidade de vida e corpos perfeitos, pode ser que mais para frente novos profissionais se incluam nesse tipo de tratamento, como nutricionistas, esteticistas e psicólogos. E assim é o aluno que ganha com o equilíbrio entre o corpo e a mente.
domingo, 31 de maio de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário